José
Abelardo Barbosa de Medeiros, mais conhecido como Chacrinha nasceu em Surubim,
no Agreste de Pernambuco. Ainda na infância mudou-se com a família para
Caruaru, também em Pernambuco, e depois, aos 10 anos de idade, para Campina
Grande na Paraíba. Aos 17, foi estudar no Recife, capital pernambucana. Começou
a cursar faculdade de Medicina em 1936 e em 1937 teve o seu primeiro contato
com o rádio na rádio Clube de Pernambuco, ao dar uma palestra sobre alcoolismo.
Chacrinha, apesar de sucessivas crises financeiras na família, teve uma
infância tranquila.
Em
1956 estreou na televisão com o programa Rancho Alegre, na TV Tupi, na qual
começou a fazer também a Discoteca do Chacrinha. Em seguida foi para a TV Rio
e, em 1967, foi contratado pela Rede Globo. Chegou a fazer dois programas
semanais: Buzina do Chacrinha (no qual apresentava calouros, distribuía
abacaxis e perguntava "-Vai para o trono, ou não vai?") e Discoteca
do Chacrinha. Cinco anos depois voltou para a Tupi. Em 1978 transferiu-se para
a TV Bandeirantes e, em 1982, retornou à Globo, onde ocorreu a fusão de seus
dois programas num só, o Cassino do Chacrinha, que fez grande sucesso nas
tardes de sábado.
Alcançou
grande popularidade com os seus programas de calouros, nos quais apresentava-se
com roupas engraçadas e espalhafatosas, acionando uma buzina de mão para
desclassificar os calouros e empregando um humor debochado, utilizando bordões
e expressões que se tornariam populares, como "Teresinha!",
"Vocês querem bacalhau?", "Eu vim para confundir, não para
explicar!" e "Quem não se comunica, se trumbica!".
Os
jurados ajudavam a criar o clima de farsa, no qual se destacaram Carlos
Imperial, Aracy de Almeida, Rogéria, Elke Maravilha e Pedro de Lara, dentre
muitos outros. Outro elemento para o sucesso dos programas para TV eram as
chacretes - dançarinas profissionais de palco, que faziam coreografias para
acompanhar as músicas e animar o programa. No início eram conhecidas como as "vitaminas
do Chacrinha". Além da coreografia ensaiada, as dançarinas recebiam nomes
exóticos e chamativos como Rita Cadillac, Índia Amazonense, Fátima Boa Viagem,
Suely Pingo de Ouro, Fernanda Terremoto, Cristina Azul, entre outras.
Durante
o ano de 1988, já doente, foi substituído em alguns programas por Paulo
Silvino. Ao voltar à cena, no mês de junho, comandou a atração com João Kléber,
até que pudesse se sentir forte novamente.
Chacrinha
faleceu no dia 30 de junho de 1988, às 23h30, de infarto do miocárdio e
insuficiência respiratória (tinha câncer no pulmão) aos 70 anos. Foi sepultado
no dia seguinte.
O
último programa Cassino do Chacrinha foi ao ar em 2 de julho de 1988.
Com informações do Livro de Monteiro, Denilson
& Nassife, Eduardo. "Chacrinha - a Biografia" Editora Leya Brasil,
2014 ISBN 8577345092.

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